Haiti






TEXTO EN ESPAÑOL y/e TEXTO EM PORTUGUÊS

Traduzido por Anderson Braga Horta


Ma ville est morte, c’est peut-être hier, elle l’étrangère que je connais à peine m’a téléphoné de sa prison et m’a dit trois mots comme l’annonce d’une tragédie: ville mort soudaine. Je me rappelle pas du tout sinon le claquement de cette voix à l1autre bout étouffé, j’en suis gêné de ne pouvoir vous dire la date exacte, c’était, autant que je me rappelle, un matin des années cinquante; et ma ville amnésique est morte comme hier, sans histoire, sans échouage, au pied d’une mer mourante dans la grisaille du vent.

Ma ville est morte hier comme l’ammnandier brun qui me fut ami, sans géographe ni postulant, morte sans sacrement, sans sentiments, dans le labyrinthe des couleurs, avec una tache de sang sur sa paupière gauche, et je me rappellel pas trop le nom des assassins, c’est peut-être trop et c’est peut-être moi, car les murs de nos silences construisent une cathédrale de souvenirs, et chacun pleure en la mort de cette ville sa mort de poche dans un miroir ovale.

*

Minha cidade morreu, foi talvez ontem, ela a estrangeira que mal conheço me telefonou de sua prisão e me disse três palavras por anúncio de uma tragédia: cidade morte súbita. Não me lembra senão o estalar dessa voz do outro lado abafado, sinto não lhes poder dizer a data exata, foi, se bem me lembro, uma manhã dos anos cinqüenta; e minha cidade amnésica está morta como ontem, sem história, sem naufrágio, ao pé de um mar agonizante na caligem do vento. Minha cidade morreu ontem como a amendoeira morena que me foi amiga, sem geógrafo nem postulante, morreu sem sacramento, sem condolências, no labirinto das cores, com uma mancha de sangue na pálpebra esquerda, e não me lembro bem do nome dos assassinos, é talvez demasiado e é talvez eu, pois as paredes de nossos silêncios constroem uma catedral de recordações, e cada qual chora na morte dessa cidade sua morte de bolso num espelho oval.




Este poeta haitiano, traduz um momento do sofrimento pelo qual este povo tem passado ao longo de sua História.
O saldo da tragédia da noite passada, ainda incalculável, prevê a perda de 100 mil almas. Entre elas a de brasileiros e entre a deles a de gaúchos.
Este blog não é de opinião, mas, não poderia deixar de registrar meu consternamento à tanto sofrimento.
Tomara que após isso, o Haiti consiga retomar um caminho e, que este enfim, seja de paz e prosperidade a seu povo tão sofrido; e ao nosso - brasileiro - jamais desampare.
Quando Colombo chegou à América, aportou na Hispaniola, hoje República Dominacana e Haiti.
O Haiti foi o primeiro a abolir a escravidão na América.
Se o Almanaque estivesse ativo, procuraria colocar um texto mais consistente.
Mas,
Se houver interesse em saber um pouco mais clique aqui para ler o texto do Portal do Colégio São Francisco.

2 comentários:

Fiosdealfazema disse...

Olá amiga

é uma tristeza. Uma tragédia atrás da outra. Não sei o que anamos a fazer com a Natureza mas que ela não está contente isso não está.

Beijinhos
Maria Tavares

Teresa disse...

Ola! Noah
amiga, infelismente este texto nos revela fatos angustiante e triste de um País e que nós brasileiros tbém somos afetados por esta tragédia tão recente. Estamos aqui em preces, todos nós, direcionando a todas as famílias atingidas, inclusive a família de Zilda Arns.
Pedidndo a Jesus que os protejem, na certeza que ele não desampara-nos um só instante.
bjos querida, fique com Jesus e Obrigada! pela postagem.
Teresa Grazioli

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